Investigadores americanos elaboraram um estudo (Embodiment theory and education: The foundations of cognition in perception and action, publicado na revista Trends in Neurosciense and Education), com crianças de 4 e 5 anos que estavam a começar a contactar com as letras. Este estudo confirmou a hipótese de que a escrita (com papel e lápis) ajuda no desenvolvimento intelectual, mais especificamente, na capacidade de abstração. Através de ressonância magnética, verificou-se que certas áreas do cérebro são ativadas quando uma criança desenha e reconhece uma letra.
Outro estudo com universitários (divulgado no jornal The New York Times), demonstrou que alunos que apontam a matéria da aula à mão retêm mais e melhor o que foi apresentado, em comparação com aqueles que usaram tablets:
«Two psychologists, Pam A. Mueller of Princeton and Daniel M. Oppenheimer of the University of California, Los Angeles, have reported that in both laboratory settings and real-world classrooms, students learn better when they take notes by hand than when they type on a keyboard. Contrary to earlier studies attributing the difference to the distracting effects of computers, the new research suggests that writing by hand allows the student to process a lecture’s contents and reframe it (...).»
Estudos com resultados semelhantes já foram divulgados anteriormente - ex.: Anne Mangen, professora adjunta do Centro de Leitura da Universidade de Stavanger, Noruega, que publicou um artigo na revista Advances in Haptics (Digitizing Literacy: Reflections on the Haptics of Writing), com o neurofisiologista Jean-Luc Velay, da Universidade de Marselha, França.
(Via deutsch / português / english: notes and quotes, bits and pieces - http://philgeland.com/2014/11/08/caros-pais-estimados-alunos-e-estudantes/)
Sim, é verdade que escrever à mão não dá jeitinho nenhum, mas os resultados são melhores se o fizermos. Pode ser que seja desta que eu largue a preguiça e passe a escrever alguma coisa nas aulas - eu nem um tablet uso e muito raramente um mini-computador portátil (mas nem sempre foi assim). "Durmo", converso, olho "para o ar", faço desenhos... Isso tem que acabar.
Antes de mais nada, uma pergunta: Fazer desenhos a mão é chato? Acho que não. Nem é ineficiente pois se fosse, você não desenharia. There is always a reason.
ResponderEliminarQuanto as palavras em si ("chato", "ineficiente"), de acordo com a minha opinião, são termos muito relativos.
Por exemplo: escrever uma tese a mão é chato e ineficiente.
E assim vai ...
P. S. (outro exemplo)
ResponderEliminarA leitura de textos longos na tela de um computador (nem falar de um smartphone) é chato e ineficiente.