quarta-feira, 27 de abril de 2016

Aumento da escolaridade obrigatória e suas implicações para a formação profissional, as gerações futuras e anteriores

O aumento da escolaridade obrigatória (para o ensino secundário) em Portugal tem certamente implicações para os alunos que chegaram no ano lectivo 2014/2015 ao fim do ensino secundário e mais jovens, cujo nível de escolaridade passa a ser a escolaridade obrigatória. No entanto, não só para esses. Na minha geração já se sentiu uma necessidade de aumentar o nível de escolaridade e se alguma coisa fez esta medida foi fazer com que, face à possível desvalorização do 9º ano de escolaridade (antiga escolaridade obrigatória) se procurasse pelo menos atingir o 12º de escolaridade (profissional ou mais orientado para o prosseguimento de estudos superiores). Isso faz com que, por exemplo, cursos de formação profissional contínua com escolaridade mínima de entrada correspondente à escolaridade obrigatória, o 9º para muitos, se não uma maioria dos que os procuram, sejam frequentados a partir da minha geração (ou até mesmo de gerações anteriores) por pessoas que, tendo 16 anos ou mais, já se encontram a frequentar o ensino secundário (11º ano, com um percurso académico normal), o que faz pensar se o seu conteúdo não deve ser modificado, também tendo em conta a área de formação e o nível de dificuldade consoante a mesma, para se enquadrar nas necessidades educativas de pessoas com cada vez mais formação a nível escolar/ académico ou se deverão manter como está tendo em vista a acomodação dos que ainda procuram esses cursos com um nível de escolaridade ao nível do 9º ano. 
Mais importante ainda será a questão de que num futuro próximo provavelmente será implementada a obrigatoriedade da titularidade do certificado de ensino secundário para a frequências desses cursos de formação profissional, que corresponderá ao mesmo nível de escolaridade exigido para os cursos de formação profissional avançada. 
Talvez por logicamente seguir que a partir de certa geração o nível mínimo de escolaridade irá aumentar para a maioria dos que os frequentam poderá valorizá-los aos olhos do público que se aperceba da situação, no entanto, é um pau de dois bicos, pois a exigência do 12º ano como escolaridade mínima poderá ainda conduzir a uma desvalorização do ensino secundário aos olhos dos empregadores, pois, enquanto que é o primeiro nível antes dos cursos ministrados em instituições de ensino superior e a formação avançada, é também algo que toda a gente possui - até os titulares de qualificação de nível 4 poderão ficar desvalorizados. 
Para terminar, quanto à determinação dos impactos educacionais e psicológicos (na motivação, auto-imagem, etc.), é difícil de determinar um tendência sem um estudo mais ou menos global das reacções, atitudes e dados de prosseguimento de estudos, no entanto a evidência anedótica que tenho e a própria lógica leva-me a querer que poderá haver uma "queda" em termos de auto-imagem devido à desvalorização do nível de escolaridade que já atingiram, mas um maior incentivo à procura de mais e melhor formação. 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Virologia da fé (Revisitado)



«Virologia da fé : 

Família: Féviridae

Subfamília: Févirinae

Género: Févírus

Ácido nucleico: DNA desnaturado

Envelope: estragado

Proteínas de ligação á célula: Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, etc 

Patologias: ignorância, défice cognitivo e de aprendizagem, paranóia, obsessão pelo uso de argumentos da ignorância, criacionismo.

Os sintomas podem incluir: diminuição da performance cognitiva (com diferenças acentuadas nos testes de QI) e demonstrações de ‘medievalismo’

Fisiologia da doença: morte de neurónios (daí o défice cognitivo) » - Foi o que isto me fez lembrar:

http://greensavers.sapo.pt/2014/11/10/virus-que-torna-os-humanos-mais-estupidos-descoberto-por-acaso/