sábado, 23 de maio de 2015

lixo criacionista


Nos últimos tempos tanto to google+, como no facebook fui inundada de lixo criacionista. No primeiro caso, certo (troll?) criacionista começou a marcar com +1 posts a contrapor a argumentação criacionista (ao menos leu o que marcou??). E depois deixou comentários disparatados sem "sumo" nenhum a apoiar os criacionistas. Se isto não é de loucos...!

Já no facebook a coisa foi assim: 







Como pode ser difícil ler, aqui está o link: facebook 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dinossauros - 3 vs. Mats - K.O. [confirmado]


"At least it's over"


Dinossauros - 3 vs. Mats - K.O. [parte III]

Os meus últimos comentários:

Mats: «Ninguém quis usar estas imagens como “prova conclusiva de que existiram dinossauros nesse tempo” mas sim como mais uma peça no meio de todas as outras que mostram que os evolucionistas estão errados quando dizem que os dinossauros não co-existiram com os seres humanos.» – Ai não? Então, ainda é pior do que pensava. É que o resto são mais imagens do mesmo género, lendas (lendas! tais como as do yeti e tantas outras), e falsificações (ou pelo menos equívocos) de pegadas de dinossauros junto com pegadas humanas… e o Mats ainda continua a aceitá-las como evidências decentes. Muito bem. E não, a interpretação de que não são dinossauros não é estranha nem descabida – como eu disse, as imagens são propícias a isso. Basta ver que a sua opinião, Mats, nada tem de unânime. É subjectivo. Elas não são claras. São dadas a várias interpretações, sendo uma delas a do javali. Uma coisa descabida, por exemplo, seria dizer que aquilo é um homem ou uma árvore, uma estrela do mar, ou algo assim.

Mats: «”Não tenho problema nenhum, desde que apresentadas evidências em que tenha sobrevivido uma linhagem de dinossauros (para além das aves, que são descendentes “directas”).” – Ou seja, tu queres-te colocar como juíza do que te é apresentado, e “avaliar” o que a tua filosofia de vida de impossibilita de aceitar» – Impossibilita de aceitar? Antes pelo contrário, acabei de explicar exactamente que é possível. A “interpretação” do Mats do que eu disse é que é perfeitamente descabida.

E eu que pensava que já se lhe tinham acabado os argumentos da treta... Bem, julgo que já se lhe acabou a reserva de vómito requentado (sim, porque estes argumentos não são novos). 
A propósito o "vómito" do Mats lembrou-me disto: 



Pitbull - Timber ft. Ke$ha PARODY!! Key of Awesome 


"At least is over... Oh, c'mon! How much puke do you have inside?!"

Dinossauros - 2 vs. Mats - 0 [parte II]

Eu disse que o animal que o Mats diz que é um dinossauro é um javali, mas aceito que haja outras pessoas que cheguem aqui e me digam o nome de outro animal qualquer, até porque, a meu ver, uma criança faria melhor e isto é tudo um bocado subjectivo. O verdadeiro problema está em querer usar isto como prova conclusiva de que existiram dinossauros nesse tempo. Isto não é para dizer que retiro o que disse, antes pelo contrário, a minha interpretação não é descabida ou estranha, uma vez que o desenho é propício à mesma.  

E não, não é por “acreditar” na TE que eu acho isso. Não tenho problema nenhum, desde que apresentadas boas evidências, em que tenha sobrevivido uma linhagem de dinossauros (para além das aves, que são descendentes “directas”).

Adenda

Adenda: Quanto a ser objectiva ou subjectiva, parece-me que toda a comunidade científica vê as semelhanças, no entanto a minúscula minoria que são os criacionistas tentam é encontrar racionalizações (um tanto absurdas) para estas.

Dinossauros - 1 vs Mats - 0



Depois distodisto


«São mais objectivas que as “semelhanças” entre o ser humano e as bactérias, ou entre répteis e aves. Mas tudo bem.» - Oh Mats, a misturar alhos com bugalhos? As semelhanças com bactérias são genéticas e a um nível superficial em termos celulares e aves não são répteis, apenas são aparentados, mas existem mais semelhanças do que parece à 1ª vista, ao contrário desses desenhos e dos dinossauros. O primeiro tem orelhas e não cornos, ao contrário do espécime a que o compararam, parecendo-se com um estranho cruzamento entre mamífero e réptil. O segundo como diz a Ana Silva, bem que podia ser um javali. O 3º, bom… sem comentários, e o quarto tem as patas da frente muito mais compridas que as detrás (julgo que ser-lhe-ia difícil mexer-se e aguentar-se nas 4 ou mesmo nas duas patas com essa rica fisionomia) e normalmente nos dinossauros isso seria ao contrário - note-se que são muito, mas muito mais curtas (e mesmo muito curtas) as traseiras em comparação com as dianteiras. Quanto aos últimos, a fisionomia na primeira imagem é estranhíssima e ainda mais é a daquele que é meio réptil meio pato. 

Nota: o braquiossauro tem as pernas da frente mais curtas, mas isto não é um braquiossauro, e não tenho a certeza se eram tão mais curtas assim. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Contra o criacionismo e a ignorância

Aqui há uns tempos atrás escrevi um post sobre as parvoíces do Mats, ou por outra, as parvoíces que o Mats acriticamente e sem grande perícia traduz. O criacionista "Anderson" comentou no "Darwinismo" em resposta ao post onde comentei (sobre o mesmo assunto abordado no meu próprio texto):

«Maria Teodósio, tu realmente acredita no que está no link? Artigo cheio de especulações, tal como normalmente vemos de vocês naturalistas. Dá até para achar que você participou da edição do artigo, visto que é muito similar com o que você fala. E ainda vem nos dizer “Informem-se deixem-se de aceitar acríticamente tudo o que os criacionistas mais conhecidos e estrangeiros dizem.“, e pergunto, já parou tu mesma a fazer isso com os evolucionistas? Tem uma citação no artigo assim:
“Also, Behe and the ID’ers do not acknowledge what Darwin himself figured out – that of coaptation. Structures may develop for one purpose and then be coopted for another. For example, the bacterial flagellum likely evolved from a simpler structure that was not a motor but was used to inject proteins into prey.“.
Aí você acredita nisso sem questionar? Ok, se o flagelo bacteriano era, supostamente, para injetar proteínas na sua presa, como ela se movia até a presa para usar o tal flagelo para este propósito? Por que foi necessária essa mudança evolutiva para um flagelo que é usado para mover-se? Não é mais necessário injetar proteínas nas suas presas, por que? Onde estão as evidências que suportem essa teoria? Ele fala como se isso fosse algo comprovado pela ciência mas, no entanto, é falácia para enganar aqueles que querem uma alternativa a Deus.
Pois o que mais me faz curioso a seu respeito é: Por que se importa em “converter” os criacionistas a sua causa? No que isso vai te ajudar? Antes que retorne a pergunta, nós criacionistas sentimos esse desejo por que te amamos como Deus os ama. É desejo d’Ele, que está em nós, indicar o caminho a vós outros para a sua salvação e alegria do Criador. O que me deixa perplexo é porque um ateu guerreia contra a fé em Deus se isso, no final, vai, segundo a própria crença, terminar do mesmo modo – uma poeira sem sentido que existiu no tempo de bilhões de anos. Como pode ter sentido no existir sem uma Causa? Pense nisso Maria Teodósio, e não se deixe enganar!»

Só agora é que vi (e comentei) este chorrilho de disparates: primeiro eu já li mais sobre o assunto do que está no link, e tive aulas a nível universitário que me deram bases para perceber o que leio. Agora, eu não vou fazer o trabalho por nenhum criacionista idiota e ignorante. Se não imagina como pode ter sido, ele que pesquise. Não sou professora, educadora de infância, nem explicadora para fazer o trabalhinho de casa por sua excelência. E não, não sou nenhuma ignorantezinha que se deixa enganar pelos “malvados” evolucionistas. Eu tenho formação académica o suficiente para analisar o que leio sobre o assunto. Não, não me deixo enganar. Por isso mesmo não sou criacionista. Quanto à crença na existência de um Deus, não é propriamente contra isso que eu “guerreio”. É contra a ignorância, a estupidez e o criacionismo seja ele de que religião for. Se quiserem acreditar que existem unicórnios invisíveis ou que de outro modo se escondem das sondas em Marte, tudo bem. Querem ter crenças que não provam, ou não podem provar, problema deles. Mas detesto este tipo de ignorância e estupidez e criacionismo com tudo o que este acarreta vulgarmente - desonestidade intelectual, recusa em aprender, por vezes paternalismo, etc.

"Boas" notícias

Hoje tive uma boa notícia, mas não estou lá muito satisfeita. A boa notícia: tive 17,23 a estatística. Sim, é verdade que já tinha tido estatística (acabei com 16 ;) ), mas não tive nada de SPSS e, mesmo na parte teórica faltava bastante (ex.: toda a parte das classes e não fazia nada à mão). Bem, outros ficariam orgulhosos, satisfeitos, mas eu , enquanto que não trocaria com uma pessoa que tivesse tido negativa, preferia ter tido, por exemplo, um 14 ou um 15 e continuar a ser eu. Estudei um pouco mais que o habitual (que, convenhamos é pouco), e ainda assim, estava ansiosa, pouco confiante, e mesmo depois do teste, a confiança em mim mesma não era muita. E, só estudei mais porque estava nervosa. Quem sabe da história das hormonas já deve estar a adivinhar de onde surgiu isso, e bem. É que a pílula também dá ansiedade. Eu nunca fui esse tipo de pessoa, de estudar e, mesmo assim, não ter confiança e ficar ansiosa. Bolas, eu nem quando não estudava nem metade da matéria ficava ansiosa! Odeio isto. E receber esta nota fez-me lembrar disto tudo. Eu costumava até desprezar esse tipo de pessoas. Desprezar, mesmo. É terrível transformar-me naquilo que desprezo.

sábado, 2 de maio de 2015

A ciência e o porquê das coisas

É verdade que a ciência lida com a forma com as coisas surgem e por vezes até com o propósito das coisas, o porquê das coisas. Um exemplo de uma ciência que lida com a forma como as coisas surgem é a biologia, outro é a química por exemplo, no âmbito da química pré-biótica e outro é a física. Um exemplo que lida com ambos, o “como” e o “porquê” é a arqueologia, que estuda para que foram concebidas, por exemplo, peças de cerâmica encontradas em escavações, qual o seu significado para certa cultura, e por vezes até em que classe social se inseriam os seus donos.
Até agora não há problema nenhum. As pessoas religiosas menos literalistas em relação á Bíblia (muitos católicos, muitos anglicanos e até alguns evangélicos americanos e brasileiros) costumam dizer que ciências como a química e a biologia não lidam com a questão do “porquê”. Até aqui também não há problema (está de acordo com o que eu disse em cima). O problema aparece quando essas pessoas dizem que é a religião que lida com o “porquê”, o propósito da existência e remete esse propósito para os planos do seu deus particular ao criar o universo. Isso é um disparate. A biologia, a química e a física não lidam com a questão do propósito porque não existe propósito. Até agora não há nada que nos leve a crer em tal coisa.
Ao contrário dos biólogos, físicos e químicos, os arqueólogos lidam com o “como” e o “porquê” porque além de terem que ter a noção de como algo foi construído/concebido têm que saber também o seu propósito. Estes comparam os seus achados com outras coisas que se sabe terem sido feitas por humanos, consultam manuscritos antigos, procuram ossos ou sepulturas, entre outras coisas, tudo isto para determinar que os utensílios foram feitos por humanos e qual o seu propósito e significado. Nos três primeiros casos, os cientistas não se preocupam com o propósito de um olho ou de uma ATPSintase, ou das estrelas, ou dos nucleótidos do DNA, porque não é preciso: já foi encontrada uma explicação para essas coisas que não envolve nenhum projecto inteligente com um propósito e, como já foi referido anteriormente, não há nada que faça a crer que haja alguém inteligente envolvido no processo (por exemplo, um deus ou uma entidade biológica extra-terrestre) que tivesse um propósito para a vida, incluindo o ser humano - e esse sim, faz as coisas com propósito. 

Nota: Este também já não é de agora, mas achei que não estava mau de todo e republiquei-o com umas pequenas alterações. 

Como debater evolução com um criacionista


O Dr. Michael Shermer fez um óptimo trabalho no debate em 2004 (Universidade da Califórnia – Irvine) com o criacionista da Terra jovem Kent Hovind. Com humor negro, factos e uma certa dose de condescendência, este conseguiu passar um bom bocado enquanto os criacionistas enfiavam os dedos nos ouvidos.
O Dr. Shermer, por exemplo, apontou para o facto de a baleia nadar com barbatanas semelhantes aos membros dos mamíferos e não ás dos peixes, o que é consistente com a evolução e não com a noção de criacionismo progressivo, ou mesmo qualquer outro tipo de criacionismo, a menos que deus fizesse as baleias e os golfinhos assim para testar a fé dos humanos ao enganá-los – o que significa que os criacionistas teriam que fugir com o rabiosque á seringa e ficariam desacreditados, pois se uma hipótese precisa que a defendam dos testes dessa maneira para não ser falseada é porque deve ser desprezada, não servindo para nada. Na realidade esse facto acerca das barbatanas das baleias e dos golfinhos apoia a hipótese evolutiva, pois faz sentido que a evolução “trabalhasse” com aquilo que já lá está, isto é, com os membros dos mamíferos ancestrais através das mutações que iriam modificá-lo, mas não substitui-lo por uma barbatana de peixe.
O papel do criacionista Kent Hovind no debate foi insultar o seu oponente e todos os cientistas que citava. É nisso que os criacionistas são bons – nisso e em serem desonestos, mas não em ciência. E já agora: por uma estrutura qualquer ter alguma função para os indivíduos da espécie em questão, não significa que não possa servir de evidência para a evolução.
Acho que ambos os participantes estão de parabéns: um pela melhor explicação e o outro pelos melhores insultos.

Aqui fica o vídeo: 




Nota: este post já é antigo, mas achei que o debate era bom para entreter.