sexta-feira, 9 de junho de 2017

Complexidade genética NÃO falsifica a teoria da evolução

O "Mats" voltou à carga com os disparates do costume sobre a teoria da evolução ter sido falsificada num texto, Complexidade Genética falsifica teoria da evolução, no blog dele (ironicamente chamado Darwinismo):

O Mats escreve: «(...) Dito de forma simples, e segundo a mitologia evolutiva, os organismos mais antigos deveriam ter menos genes que organismos mais complexos. Mas a ciência refutou essa expectativa: "Em vez disso, a sua crença na complexidade incremental começou a desmoronar-se. A primeira dificuldade foi em encontrar uma definição simples da forma como a complexidade se manifestava. Afinal de contas, as amebas tinham genomas enormes."»
Depois, continua: «Os evolucionistas previram que o genoma aumentava de tamanho com o passar dos mitológicos “milhões de anos”, mas essa previsão estava errada.
Os evolucionistas previram então que o número de genes ia aumentando com o passar do tempo, mas isso também estava errado.»
Isto não é bem assim: o texto usa exemplos de espécies actuais (as as amebas), com tamanhos de genomas actuais e não de há milhões de anos. No entanto, mesmo seguindo uma lógica semelhante, a bactéria Haemophilus influenzae, que é um organismo considerado como retendo as características mais "primitivas"  - ainda mais do que a ameba (ser unicelular, não ter núcleo, etc.) tem um genoma com 1.830.000 pares de bases e a espécie Homo sapiens tem um genoma com 3.200.000.000 pares de bases. Para além disso, de qualquer modo todas estas espécies são de agora, não de um passado distante.

De seguida afirma: «Os evolucionistas também descobriram, através de experiências, que a maior parte das mutações causam a perda de informação genética, exactamente o contrário do que seria de esperar se a teoria da evolução estivesse certa. [Não me lembro disso ser uma previsão da teoria da evolução, pelo menos não para todas as mutações ou a maioria] Este último ponto é particularmente importante visto que isto causa a que o gradualismo evolutivo se mostre estatisticamente improvável, a roçar a impossibilidade.» - Sugiro que pesquise mais sobre duplicação de genes e o que lhes sucede depois e também sobre o acrescento de bases ao DNA, que aumentam a informação no genoma.

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