Perturbação de Personalidade Narcísica – Não existe uma correlação significativa (nem negativa nem
positiva) em geral com os valores de QI total, no entanto houve resultados
mistos entre os estudos. Poderá haver uma maior inteligência cristalizada nestes
pacientes devido à relação entre narcisismo e intelecto (o qual está
relacionado com este tipo de inteligência). Quando os sintomas são muito
severos, poderá haver um défice na inteligência fluída.
Perturbação de Personalidade Borderline – Existe uma correlação negativa
com os valores de QI total,
com défices na parte verbal e de realização, bem como outras alterações
cognitivas. As
alterações nos resultados dos testes de QI são mais bem explicadas pela
suscetibilidade destes pacientes a emoções negativas e ao stress e pela
intensidade dos mesmos na perturbação de personalidade borderline face a
uma situação de avaliação, em vez de um défice cognitivo provocado por
alterações neuropsicológicas em comum com a doença.
Perturbação de Personalidade Histriónica – Não existe correlação
significativa.
Perturbação de Personalidade Antissocial – Não existe uma correlação significativa de um modo geral
com o valor de QI total, apesar de alguns estudos mostrarem uma correlação
negativa pequena ou não significativa o que pode explicar esta correlação
negativa em alguns estudos é o terem utilizado amostras de indivíduos que
cumpriam pena de prisão, pois o baixo QI predispõe para a criminalidade
(sobretudo a criminalidade impulsiva e violenta). Esta variável (QI) estaria a
mediar a relação entre a perturbação de personalidade antissocial e a
criminalidade. Para contrastar com estes resultados, num estudo com uma
população não forense, as características do fator 2, que correspondem à
sintomatologia antissocial de um psicopata, não tiveram qualquer relação
positiva ou negativa com o QI. Quando existem traços psicopáticos, há algumas
variações dignas de atenção:
PP Antissocial +
Psicopatia – Não
existe uma correlação em geral com o valor de QI total, mas nas mulheres
especificamente existe uma correlação positiva. Uma meta-análise indica
apenas uma pequena correlação negativa com os valores de QI, bem como outras
alterações cognitivas. No entanto, os estudos têm sido na maioria feitos com
homens a cumprir pena de prisão. Tem-se ainda verificado que enquanto certas
dimensões da psicopatia estão negativamente correlacionadas com os valores de
QI, outras estão positivamente correlacionadas. Além disso, nem todos os
estudos com reclusos encontraram uma correlação negativa, e um estudo com uma
amostra retirada de uma população não forense revelou que não havia diferenças
significativas entre psicopatas e a população saudável. Também no caso de uma
amostra de mulheres psicopatas retiradas de uma população não forense
observa-se o oposto do que tem vindo a ser observado em prisioneiros, a
associação é positiva, o que significa que as mulheres psicopatas tendem a ser
mais inteligentes. Para terminar, o que pode explicar de novo esta correlação
negativa em alguns estudos é o terem utilizado sobretudo amostras de indivíduos
que cumpriam pena de prisão, pois o baixo QI predispõe para a criminalidade
(sobretudo a criminalidade impulsiva e violenta).
Link para uma pasta com a bibliografia consultada: https://drive.google.com/drive/folders/1bXzGV2N5jWsCKak9fGUj7cLr22hgMvg6?usp=drive_link
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