- Há selecção de sistemas mais robustos (a perturbações genéticas e do ambiente) e não de genes individualmente;
- Epistase como efeito da selecção natural, que promove melhor uma resposta a perturbações individuais do que a perturbações combinatórias – previsão: quanto mais robustos, mais epistáticos (previsão cumprida).
- Em termos de frequência alélica: simulações mostram que alelos fracos em termos combinatórios não são facilmente eliminados de uma populações, tendendo a estabilizar numa frequência reduzida.
Agora, há quem diga (criacionistas, claro) que o design inteligente é a hipótese mais compatível com o paradigma actual da biologia dos sistemas (3). Isso está errado. Não só a teoria da evolução (por selecção natural) não tem nada de incompatível com o que se pensa e estuda em biologia dos sistemas (como pode, então, algo ser mais compatível?), como a hipótese do design inteligente não tem evidências que a apoiem, nem ajuda em nada - "o designer quis, assim foi." E não tem que ser tudo mau se não for projectado. Além de que a previsão da teoria da selecção natural foi cumprida e é útil. Os criacionistas (bem como os menos informados) precisam de expandir horizontes. Não é porque teve uma origem natural (neste caso, evolução) que tem que funcionar mal ou não muito bem. Aliás, vemos através do trabalho deste cientista, que trabalha no próprio campo (e de outros) que a teoria evolutiva é a mais útil, a melhor.
Referências:
1. Lander, AD (2004), "A Calculus of Purpose". PLoS Biol 2(6): e164. doi:10.1371/journal.pbio.0020164 (disponível em: http://www.plosbiology.org/article/info:doi/10.1371/journal.pbio.0020164)
2. Arthur D. Lander, M.D., Ph.D., University of California-Irvine: "Control, Constraint and Order in Biology: Examples from Development and Disease", UAB Comprehensive Cancer Center Systems Biomedicine Symposium, May 9, 2013 (apresentação disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=yqoPJ7-2YRo#!)
3. Snoke, David, "Systems Biology as a Research Program for Intelligent Design" (disponível aqui: http://bio-complexity.org/ojs/index.php/main/article/view/BIO-C.2014.3/BIO-C.2014.3) (via "Darwinismo").
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