A propósito de ciência e religião, um estudo baseados nas respostas dos professores universitários dos Estados Unidos, revelou que as três áreas que abrangem uma maior percentagem de descrentes, isto é, ateus e agnósticos, entre estes são: psicologia, biologia e ciências computacionais. Relativamente à área da psicologia, a que incluía maior percentagem de descrentes (ateus e agnósticos), 61% dos psicólogos podem ser classificados como ateus (51%) ou agnósticos (11%). Na área da biologia, verificou-se a mesma percentagem em relação aos indivíduos que podiam ser classificados como ateus ou agnósticos, mas a percentagem de ateus encontrava-se na casa dos 20%, sendo os restantes agnósticos.
Muitos psicólogos têm alguma formação em biologia a nível universitário, que é provavelmente suficiente para compreender a teoria da evolução, mas não me parece que isso explique o porquê da tendência dos psicólogos para a descrença em geral e em especial para o ateísmo. Afinal os biólogos, que aprofundam as teorias das origens têm menos tendência para o ateísmo do que os psicólogos. Talvez o facto dos psicólogos estudarem as bases psicológicas e a origem evolutiva da religião explique melhor os dados. Não é por ser "inventado" que deus não existe, mas não é devido à revelação divina, mas sim aos processos mentais do ser humano que a religião, incluindo a crença em deuses existe. Isso é algo que poderá contribuir para (neste caso, desencadear) uma reflexão mais ou menos profunda sobre o assunto e durante esse processo pode chegar-se à conclusão de que não existe qualquer razão para acreditar em deuses.
Referências:
Gross, N., & Simmons, S. (2009). The Religiosity of American College and University Professors Sociology of Religion DOI: 10.1093/socrel/srp026 (via "Epiphenom")
Nota: este texto é uma excepção - o blog está encerrado e este texto é o último.