quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Não é preciso estudar muito

A entrada de hoje vai ser dedicada aos estudantes (incluindo de mestrado e doutoramento) que não gostam de estudar e são preguiçosos como eu. 
Pois é... costuma-se dizer que a preguiça é inimiga do sucesso, que inteligência e boa memória não chegam para ir em frente na vida, etc, etc. Não é bem assim. É claro, que para se safarem estudando pouco não podem ter problemas sérios de memória, e têm que ter, pelo menos uma inteligência normal - não podem ter dificuldades de aprendizagem. Se tiverem, tirem daí as ideias (aliás, se tiverem dificuldades de aprendizagem por alguma destas razões, duvido que cheguem à faculdade, ou, pelo menos, que passem do primeiro ano). Mesmo estudando pouco, devem ir às aulas e tomarem alguma atenção (não é preciso estar atento todo o tempo - nem eu sou capaz). Já ajuda. Não vale a pena terem uma rotina de estudo. Basta estudar de véspera e não é preciso estudar tudo, nem de perto (nem mesmo na faculdade). É claro que, tendo por base que não há dificuldades de aprendizagem, quanto melhores as vossas capacidades, mais hipóteses têm de se safarem e até com boas notas dependendo das capacidades de cada um e também da atenção que conseguem manter. Mas, visto que estudaram muito pouco, têm que tomar certas decisões controversas no teste - por exemplo, na escolha múltipla, entre manterem a mesma posição ao longo das respostas, ou, se for matéria que passaram à frente, responderem a duas perguntas diferentes sobre a mesma matéria de maneira contraditória. Normalmente uma delas está bem (100% de probabilidade de acertarem numa delas), e se mantiverem a mesma posição arriscam mais. Normalmente convém ter pelo menos um palpite, pois, embora raro, os professores podem ser mauzinhos e porem coisas que são contraditórias, mas nenhuma tem a ver com, por exemplo, a teoria que querem que descrevam. Outra técnica é a exclusão de partes, em vigor desde tempos imemoriais. Vejam também as perguntas de desenvolvimento com atenção e se há perguntas da mesma matéria na escolha múltipla com opções bastante semelhantes entre si. Sempre terão pontos mesmo que não acertem completamente, e ao ver as coisas escritas é mais fácil lembrarmos-nos. Para resolverem problemas (ex.: Métodos e Técnicas de Investigação), vocês precisam de entender a matéria nas aulas. Se não conseguirem estar atentos o tempo todo, ao menos vão "ligando o radar" de vez em quando e "pescando" coisas que parecem importantes" - que é o que eu tenho que fazer bastantes vezes devido à minha preguiça que só tende a piorar. E mais uma vez, não precisam de estudar muito. Façam as coisas com inteligência, conhecendo-se a vós próprios. Comigo tem resultado. Acabei o secundário com média próxima dos 16 (16/20) (aí cheguei mesmo a não estudar), até agora tenho tido sempre a média próxima dos 14 (14/20) na universidade e nunca reprovei um ano (já desisti de cursos, mas nunca reprovei à parte disso). Vão ver que resulta. Mas também depende das capacidades de cada um e da maneira como gerem a vossa vida - tenho como exemplo a minha professora de filosofia e psicologia que estudava bastante e acabou o curso com 12 valores (e não me pareceu que tivesse dificuldades de aprendizagem).  

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