sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Evolução: Órgãos vestigiais

Há bastante tempo que tenho andado a ler coisas publicadas por criacionistas (não necessariamente em português) em que eles dizem que muitos órgãos que se pensavam ser vestigiais afinal não são. Mas um problema comum era que eles usavam para comporem os argumentos definições de órgão vestigial que não são as verdadeiras (isto é, órgão sem qualquer função). 
Aqui está uma boa definição (via Pharyngula) de órgão vestigial: 

«Vestigial organs are relics, reduced in function or even completely losing a function. Finding a novel function, or an expanded secondary function, does not make such organs non-vestigial.» - São relíquias, cuja função original se encontra reduzida ou já não existe. No entanto podem ter outras funções

Exemplos de órgãos vestigiais são a pélvis e os membros atrofiados das baleias (uma evidência sugestiva da sua origem terrestre). A nossa própria cauda vestigial. E o nosso apêndice. Por amor de deus, isto dá-se no secundário! (Pelo menos para quem escolheu ciências.) 
Já os criacionistas dizem que a definição já mudou (recentemente) para acomodar as novas observações. Mas isso é mentira. Aqui está uma citação do próprio Darwin (também via Pharyngula): 

«An organ, serving for two purposes, may become rudimentary or utterly aborted for one, even the more important purpose, and remain perfectly efficient for the other.»

Como vêem, ninguém está a fugir à refutação. Excepto os criacionistas - mas isso é outra história.  




Evolução (rápida) do cérebro humano

Agora mesmo deparei-me com um artigo no site da Sociedade Brasileira de Neurociência sobre um estudo sobre a evolução do cérebro humano, que, ao que parece foi mais rápida do que nos outros animais, incluindo nos outros primatas. No artigo, lê-se o seguinte: 

«Cérebro humano tem evolução única Segundo estudo, ele se desenvolve mais depressa do que o de qualquer espécie Alok Jha escreve para ‘The Guardian’: A sofisticação do cérebro humano não é simplesmente resultado de uma evolução constante, segundo nova pesquisa. Ao invés disso, os seres humanos são animais privilegiados com cérebros que se desenvolveram num tipo de evolução extraordinariamente rápida, única entre as espécies. "Nosso estudo oferece a primeira evidência genética de que os humanos ocupam uma posição única na árvore da vida", disse Bruce Lahn, professor-assistente de Genética Humana na Universidade de Chicago e pesquisador do Howard Hughes Medical Institute. A pesquisa de Lahn, publicada esta semana na revista especializada Cell, sugere que os seres humanos evoluíram suas capacidades cognitivas (relacionadas ao conhecimento) não por causa de algumas esporádicas e acidentais mutações genéticas - como é a forma normal peculiar às coisas vivas...»

"Ocupam uma posição única na árvore da vida"... Eu pensaria duas vezes antes fazer uma afirmação como esta. Não, os humanos não são propriamente privilegiados, eles como tantos outros animais, plantas bactérias, fungos, whatever, adaptaram-se ao seu ambiente, mas no caso do cérebro, o processo evolutivo foi mais rápido, devido, segundo os investigadores, à acção da selecção natural. E isto não é certamente evidência de que algum deus interveio (escusam de pensar em afiambrar-se, cristãos). Note-se que é "selecção natural", não "selecção divina" (chiça! Terei mesmo de constatar o óbvio? Infelizmente acho que sim). 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Como me tornei ateia: O meu percurso até agora

Não, não houve qualquer tipo de "desconversão" de nenhuma forma de cristianismo. Eu nunca fui muito cristã.  A maior parte do tempo, até uma certa idade (10, 11 anos), nunca pensei muito no assunto da existência de deus e quando pensava era mais um "se deus existe, então...", portanto nunca acreditei firmemente num deus (julgo já ter escrito sobre isto no meu outro blog, mas aqui vai). 
Desde garota que os meus pais nunca me ensinaram criacionismo, antes pelo contrário, ensinavam que descendíamos de um animal tipo macaco e que a vida na terra já evoluíra. Encorajaram-me a pesquisar sobre outras religiões, incluindo religiões da antiguidade, e nunca me impuseram uma crença em deus, até porque os meus pais eram agnósticos - no sentido de que normalmente me diziam "não sei" (acho que, pelo menos agora, são ateus - pelo menos o meu pai). Também não eram muito de ir à igreja de um modo geral. No entanto, tinha uma madrinha muito católica, que pressionou a minha mãe, dizendo-lhe que seria bom para a minha formação, etc., para que eu fosse à igreja (e até para ela a substituir durante uns tempos na catequese quando esteve doente). Assim, eu acabei por, durante cerca de um ano e meio ao todo, ir à missa mais ou menos regularmente e à catequese, portanto também tive a minha quota parte de contacto com o cristianismo (católico, felizmente), ainda que muito menos do que a maioria dos ateus que conheço (pessoalmente e não). O meu ateísmo propriamente dito começou quando eu tinha já quase 11 anos (para mais detalhes, ver: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/2012/12/por-que-nao-acredito-em-deus-reeditado.html), mas só mais tarde me interessei pelo estudo da evolução e da origem da vida. 
Os meus pais também nunca me obrigaram a ter aulas de religião e moral, pois queriam que eu fizesse as minhas próprias escolhas, achando que já bastava os contactos que tinha tido em pequena, não queriam que me impusessem a religião nas aulas e pensaram até que as aulas de religião e moral me fariam odiar a religião e os religiosos, pois já tinham ouvido muitas queixas da conduta dos professores, e isso eles também não queriam (e eu concordo, fomentar o ódio seja a quem ou ao que for numa criança é péssimo). Isso gerou algum conflito com professores, mas nada que não acabasse por se resolver a bem.
A estranha devoção dos meus colegas sempre me fez uma certa espécie, até quando ainda não era propriamente ateia. Sair da cama de propósito e ajoelhar para rezar. Rezar, rezar, rezar sem nunca obter resposta... Enfim! Quando tinha uns 12 anos concluí definitivamente que não havia evidências para a existência de deus e que, mesmo os que aceitavam o que a Bíblia dizia como facto, faziam-no por fé (ver evidências que me podem converter: http://allthatmattersmaddy32b.blogspot.pt/2014/06/porque-nao-acredito-em-deus-parte-2.html). Mas para eles era facto... Para mim acreditar sem "provas" (bem, mais propriamente evidências) não era maneira de se decidir fosse o que fosse relativamente à realidade. A questão do mal também influenciou - um deus infinitamente bom, que nos ama não comete as atrocidades que ele cometeu, nem deixa atrocidades acontecerem, portanto, esse deus não existia e quanto muito podia existir um deus mau, que eu não iria venerar. Agora (e já há muito tempo) essa questão é secundária no meu ateísmo - eu prefiro focar-me no facto de não haver evidencias para a existência de deus e haver evidências que contrariam os contos de fadas da Bíblia como o Génesis. Noutro texto eu escrevi que quando cheguei a este ponto teria 15, 16 anos, mas penso que foi mais cedo (13, 14 anos). Depois, aos 15 anos, começou o interesse no estudo da origem e evolução da vida e esse foi o pico do "boom" de descrença e aversão à ideia (completamente infantil) de deus. A partir daí, até cerca de meados de 2011 não pensei muito mais no assunto. Mas quando voltei à questão da (in)existência de deus, voltei à carga...

P.S. Na minha família há muitos ateus e pouco devotos; pergunto-me se será em parte genético. 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Preguiça

A minha preguiça é altamente resistente. Há cerca de 4 anos que não me dava um ataque tão grande, de tal maneira que nem tenho conseguido ir às aulas. Pouco estudo, pouco trabalho, mas tudo tem os seus limites. E eu ainda por cima tenho alguns problemas de atenção/concentração e em manter o interesse nas tarefas (imaginem, se assim não fosse, quais seriam os meus resultados com pouco esforço, se mesmo com isso até são bons?). Eu sei que tenho que combater a preguiça - e hoje já fui às aulas da tarde, mas de manhã vai ser impossível como isto anda. Bolas... 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Nick Lane: Origem da vida numa fonte hidrotermal




(Energy at the origin of life -- Nick Lane -- How Life on Earth Began event - https://www.youtube.com/watch?v=gb7pZyks_HE)

Cenário possível e plausível para a origem da vida numa fonte hidrotermal alcalina, por acoplamento a um gradiente de protões natural.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Algoritmos evolutivos e o William Dembski (sim, outra vez)

Certo criacionista de trazer por casa, comentou que os algoritmos evolutivos não modelam (bem, ele utilizou o termo "provam", para ser mais exacta) "evolução cega", como ele tanto gosta de aventar, referenciando um artigo de um site criacionista, o qual se refere a um artigo do Dembski (e seus colaboradores), que, segundo eles, passou por revisão de pares (http://bio-complexity.org/ojs/index.php/main/article/view/50). O problema é que a "revista científica" na qual foi publicado é nada mais nada menos do que uma "revista" chamada "Bio-complexity", que é basicamente um website gerido por criacionistas, em que criacionistas publicam coisas revistas por outros criacionistas (tipo "Journal of Creation Research", mas com um nome mais bonitinho). Que eu saiba, ele (o criacionista) não é nenhum programador informático nem sequer biólogo (e muito menos isso!). Vamos ver, então, o que um verdadeiro programador tem a dizer sobre o assunto:


«There are several statements in the paper that suggests the authors have some fundamental misunderstandings of genetic algorithms and the observed phenomena on which they are based. As early as page 2, for example, is this:
The Darwinist claim is that no such assistance is required. Rather, natural selection is innately capable of solving any biological problem that it faces.
No “Darwinist” (a term that reflects ID’s creationist roots) claims this. Extinction is known to happen. [Verdade, verdadinha.]
Another, from page 4:
This genome is of a fixed length, always containing the coordinates and connections for the maximum number of interchanges. This simplifies the genetic algorithm because it not [sic] necessary to implement deletion or insertion mutations.
While the design of a GA engine is somewhat simplified by limiting genomes to a fixed length, such a constraint doesn’t prevent modeling insertions and deletions. Further, the lack of insertion and deletion mutations actually makes finding a solution more difficult by limiting the number of evolutionary mechanisms that can be brought to bear. 
[Num algoritmo genético, já muita coisa é simplificada - ver aqui um plausível exemplohttp://allthatmattersmaddy32b.blogspot.pt/2014/08/mais-baboseiras-do-william-dembski.html. Que mais é novidade?]
On page 5 we find:
Does the genetic algorithm have the ability to solve the problem given only a description of the same?
This question demonstrates a profound confusion about what is being modeled. The authors almost seem to be suggesting that they expect a GA to find a solution without any feedback whatsoever. That would certainly fail to reflect the biological situation.
In fact, the fitness function is a description of the problem domain, corresponding to the environment of biological evolution. In that sense a GA does have the ability to solve some types of problems “given only a description of the same.”» 
[Frases do texto original destacadas a negrito por mim.]
O autor do texto continua: 

«“Effect of count of interchanges”

The authors claim that having an explicit count of the number of non-fixed nodes in the virtual genome “shifts the distribution of solutions.” They also note that Thomas’s code ensures that a minimum number of non-fixed nodes (“interchanges”) are present.
My implementation contains no such explicit count nor does it specify any minimum number of non-fixed nodes, yet it routinely converges on an optimal or near-optimal solution.

“Effect of restricted initialization”

According to the authors, Thomas’s code restricts the initial location of non-fixed nodes to a smaller area than the full 1000×1000 grid allowed by the simulation. Again, my implementation has no such restriction and yet it routinely converges on an optimal or near-optimal solution.»
Está-me cá a parecer que mais uma vez os criacionistas só disseram asneiras (e mentiras). Que novidade! 

O ónus da prova (The Atheist Experience)





(The Idiot Theist - The Atheist Experience 776 - https://www.youtube.com/watch?v=7gfl0pPPrdA)



Adivinhem... o ónus da prova é do crente! Que novidade... Bem, para os crentes é.

Jovens abandonam a Igreja por questões intelectuais


E não só. Além disso, mesmo os que permanecem crentes num deus têm normalmente uma visão próxima do deísmo e não são religiosos:

http://coldcasechristianity.com/2015/are-young-people-really-leaving-christianity/

Soul Searching: The Religious and Spiritual Lives of American TeenagersChristian Smith and Melinda Lundquist Denton, Oxford University Press (2005)
Book Findings: Students leave faith behind primarily because of intellectual doubt and skepticism (page 89). “Why did they fall away from the faith in which they were raised?” This was an open-ended question there were no multiple-choice answers. 32% said they left faith behind because of intellectual skepticism or doubt. (“It didn’t make any sense anymore.” “Some stuff is too far-fetched for me to believe.” “I think scientifically and there is no real proof.” “Too many questions that can’t be answered.”)


Hm... Estou a gostar disto. Mais excertos:

Study Findings: A majority of twenty-somethings – 61% of today’s young adults – had been churched at one point during their teen years but they are now spiritually disengaged.

The Last Christian GenerationJosh McDowell,  David H. Bellis, Green Key Books (2006)
Book Findings: 63% of teenaged Christians don’t believe that Jesus is the Son of the one true God. 51% don’t believe that Jesus rose from the dead. 68% don’t believe that the Holy Spirit is a real entity. Only 33% of churched youth have said that the church will play a part in their lives when they leave home.

The Southern Baptist Convention’s Family Life CouncilSouthern Baptist Council on Family Life report to Annual Meeting of the Southern Baptist Convention (2002)
Study Findings:  88% of the children in evangelical homes leave church at the age of 18
RevolutionGeorge Barna, Tyndale House Publishers, Carol Stream, IL (2005)
Book Findings: If current trends in the belief systems and practices of the younger generation continue, in ten years, church attendance will be half the size it is today.

Book Findings: “Unless religious leaders take younger adults more seriously, the future of American religion is in doubt.” The proportion of young adults identifying with mainline churches, is “about half the size it was a generation ago. Evangelical Protestants have barely held their own.”

Soul Searching: The Religious and Spiritual Lives of American TeenagersChristian Smith and Melinda Lundquist Denton, Oxford University Press, 2005
Book Findings: The majority of teenagers are incredibly inarticulate about their faith, religious beliefs and practices, and its place in their lives. The de facto dominant religion among contemporary U.S. teenagers is what they call ‘Moralistic Therapeutic Deism’: A God exists who created and orders the world and watches over human life on earth; God wants people to be good, nice, and fair to each other, as taught in the Bible and by most world religions; the central goal of life is to be happy and to feel good about oneself; God does not need to be particularly involved in one’s life except when God is needed to resolve a problem; and good people go to heaven when they die.

Study Findings: “Nearly three-quarters” (72%) of faculty members describe themselves as politically liberal, according to 1999 data from the North American Academic Study Survey (NAASS), up from 39 percent in a 1984 survey by the Carnegie Foundation for the Advancement of Teaching.
Study Findings: About 25% of college professors are professing atheists or agnostics (5-7% of the general population is atheistic or agnostic). Only 6% of college professors said the Bible is “the actual word of God”. 51% described it as “an ancient book of fables, legends, history and moral precepts.” 75% believe religion does not belong in public schools.

E há ainda as questões práticas: ida para a faculdade e entrada no mercado de trabalho faz com que as pessoas tenham que definir prioridades - e muitas vezes a religião fica de fora.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Outra vez o Adalberto ( e a sociopatia)

Ok, o Adalberto Felipe (céus!) voltou. Ao "Darwinismo". Não se fez homem - e eu começo até a questionar se ele é mesmo um homem ou um garoto de 13 ou 14 anos (é que ele não compreende, ou pelo menos não parece compreender normas básicas de comunicação e interacção). 
Aqui vai o porquê: 

«[Adalberto:]  Normalmente o que eu coloco no blog é uma extensão do que eu abordo aqui – às vezes não passa é na moderação (embora haja excepções – não é todos os dias que se tem paciência para aturar criacionistas). E se eu vou criticar o blog de outra pessoa ou o faço no meu próprio espaço (geralmente com o conhecimento da pessoa) ou então faço-o no blog dessa pessoa, não vou falar dela criticando-a nos blogs dos outros (ainda por cima sem me dirigir pessoalmente a ela, falando na 3ª pessoa e levantando falsas acusações). [O que eu escrevi na minha resposta que ele não lera anteriormente]

O malabarismo intelectual que os ateus chegam a fazer é incrível. Referir a uma pessoa em terceira é referir-se a uma pessoa em terceira pessoa. Não importa se é em blogue ou em comentário… é referir-se. Se você faz isso, eu posso fazer também e os meios não importam. Além do mais, isso aqui é internet e é claro que as pessoas podem falar a parte de você, seja em blogues ou comentários. » 
Não, não é a mesma coisa, Adalberto. O mais normal é isso acontecer quando é num post. E normalmente não é levado a mal (já me fizeram isso e eu não fiquei minimamente chateada, até achei giro que os meus comentários dessem direito a um post). Agora, quando é num comentário, onde é suposto ser uma troca mais directa pode perfeitamente ser visto como má educação (é como falar com uma pessoa numa sala de estar como se ela não estivesse ali a a ouvir). Se estiver a ser sincero, é porque não se apercebeu da diferença e é possível que não veja isto como falta de educação. Foi assim que eu o vi, e mantenho que, para mim, não é a melhor maneira de comunicar numa caixa de comentários. Agora, uma pergunta honesta: Que idade tem, Adalberto? 


« [Continua o Adalberto:]Eu mereço no mínimo um pedido de desculpas
Não, não merece, pelo que você fez, só se reconhecer seus exageros, mas não posso negar uma coisa: parece que você ficou ofendida pelo que fiz, o que não precisava, Maria Teodósio. Não fique agitada assim não, pois como falei, isso é internet e sempre vai ter este ou aquele comentário, positivo ou negativo e quando você posta algo, isso se torna público e as pessoas podem fazer comentários do que é postado sim em outros blogues ou por comentários, querendo ou não.» 


Habituada a comentários negativos (e positivos também) estou eu. E sim, sei que podem aparecer comentários ao que eu escrevo noutros lados. Isso não implica que eu não seja pelo menos avisada de que isso acontece (caso contrário, pode ser tido como cobardia), ou que os comentários não apareçam também no meu blog, para eu ter mais hipótese de responder, caso não veja o comentário noutro lado (basta uma vez, que eu assim já sei que normalmente essa pessoa vai mais provavelmente fazê-lo). Ok? E, como eu já disse, falar na terceira pessoa numa caixa de comentários é análogo a, numa sala de estar, falar de alguém que está a ouvir na terceira pessoa como se ele não estivesse ali - isto assumindo que o comentário fosse para eu ler. Por estarmos na internet, não quer dizer que descuremos totalmente estas coisas básicas que são norma no nosso dia a dia. O pedido de desculpa que eu acho que mereço era por causa, sobretudo, disto. Quanto, ao resto, o pior foi mentir descaradamente (ou pelo menos, eu interpretei certas coisas que disse sobre mim como tal - por exemplo, deu a entender que eu escrevia no meu blog porque não queria ser "refutada" e isso é falso e se era essa a sua verdadeira opinião, devia ter-me pedido esclarecimento em vez de me denegrir com especulações infundadas da maneira mais pública e mal-educada que podia). 

No outro comentário, o Adalberto perguntou:  «Quais são as falsas acusações que levantei contra você? Quais? Mostre!! Estou no aguardo!» - Veja um exemplo acima. 


Depois de ter dito que eu não merecia um pedido de desculpa, o Adalberto, escreve o seguinte: «Portanto, se você realmente ficou ofendida (e não era essa a minha intenção), te peço as mais sinceras desculpas, pois aí você merece sim, viu? Mas reconheça certos exageros que existem por parte dos ateus também e que na internet, querendo ou não, coisas assim acontecem. » - Ah, então o Adalberto só pediu desculpa porque eu estava "ofendida" (mais indignada do que ofendida, talvez, no sentido de que acho que mereço melhor tratamento). Não, Adalberto, não é essa a razão pela qual me deve um pedido de desculpa, mas sim porque disse e fez asneira, e eu mereço melhor tratamento. Não porque eu fiquei "ofendida". Como tal, o "pedido de desculpa" não é aceite. 


E continua: 

«Levanto as questões que eu quiser no meu blog – sou senhora de o fazer.
Levanto os comentários que eu quiser pela internet – sou senhor de os fazer.» - Já abordei esse assunto: pode levantar as questões que quiser (assim como eu posso), mas pelo menos avise, facilite em termos de hipótese de responder e seja educado (não fez nenhuma destas coisas).  

«Já estudei. Quanto a Dawkins, que ele faça urgentemente essa entrevista mesmo, pelas péssimas atitudes dele que demonstram evidências de sociopatia… e boa sorte ao mostrar que o autor do texto não está informado sobre o assunto e refutar o Luciano Ayan.» - Já refutei a ideia de que o Dawkins é sociopata, partindo do que sabemos dele (quanto ao que o Dawkins disse ou não disse pontualmente e se correcto ou não, isso não me interessa). Ironicamente, fiz isso num dos meus textos que mencionou (e deixou o link) no "Darwinismo" - como já disse, com o que sabemos não podemos dar mais de 10 (se não me engano, pois estou a escrever de cabeça) ao Dawkins, num teste psicológico em que tem que se ter pelo menos 30 pontos para se ser diagnosticado e no mínimo 20 para se considerar que a pessoa tem tendências psicopáticas moderadas - a PCLR-R, elaborada pelo Dr. Robert Hare a partir de observações em criminosos violentos e mais tarde adaptada para testar possíveis psicopatas não criminosos. Já estudou? Não parece. 

«Ah, sim, mas você curiosamente não deve ter visto o texto e nem se perguntou o que levou até um ateu a chamá-lo disso» - Sim, sim eu li o texto e só pelo começo, vi logo que o autor estava a usar retórica no título e não sabe sequer caracterizar um transtorno de personalidade, achando que este pode aparecer assim sem mais nem menos num adulto por causa de algo como o humanismo. Absurdo - os transtornos de personalidade começam a dar sinais na infância e se ninguém fizer com que as coisas mudem, vai continuar para a idade adulta. E quanto ao que o levou a chamar sociopata ao Dawkins, é claro - é uma questão política e provavelmente também de ignorância, como demonstrado acima.

«“Aliás, eu já tinha dado com isso há já bastante tempo e tive que pesquisar Dawkins + Sociopata para lá chegar – está-me cá a parecer que queria algo que confirmasse as suas crenças ou, pelo menos, suspeitas – e assim, escolheu aquele site; é o que encaixa melhor).” E curiosamente, nem refutou nada, só está abalada com isso… e não é algo que confirma minhas crenças e sim as evidências da péssima atitude de Dawkins e o site, é relevante, mas sim o argumento.» - Refutei a ideia de que Dawkins é sociopata isso chega-me (e fi-lo num texto para o qual, ironicamente, indicou o link). E... "abalada com isso"? Nem pó!

«“Isso refere-se mais a certas parvoíces que eles dizem e fazem e não necessariamente à presença de patologia.
Já vi e muito o mesmo em ateus também, mas nem por isso vou chamá-los assim.» - Outros o fazem (e muitas vezes até estão errados). 
«Também tenho muita experiência de vida em relação aos ateus e já vi muitos falando bobagens e pagando mico, posso começar a fazer o mesmo também?» - O quê? Escrever textos em que faça uso da sua experiência de vida para criticar determinado grupo? Claro! Mas quando pedido esclarecimento deve, como eu fiz afirmar que é de acordo com a sua experiência e podem não ser todos assim. 

«“Se entretanto não ganhar decência e não deixar de postar comentários sobre mim e o que eu escrevo em blogs de outros (onde sabe que tem as costas quentes), esta será a última troca directa de comentários.Não desejo isso, mas por um lado isso também depende de você e o que for falado lá no seu blogue, porque senão, continuarei falando aqui também, não importa o que você falar ou reclamar.» - Ah, aqui está outro dos problemas com o seu comportamento e atitude, é que aí está protegido pela moderação e você sabe que está resguardado. Além disso... Isso uma ameaça? Um ultimato? Que é isso? Nem se atreva a ameaçar-me ou a pôr-me ultimatos ou a fazer quaisquer tipos de aviso sobre "retaliações"...

« Nota: Doido não é termo clínico (sabia?).
Mas é um termo que sempre foi usado para referir-se a pessoas com um comportamento fora do normal ou com problemas mentais (sabia?).» - E não só (sabia?). 

«“E continua o Adalberto Felipe (que raio de nome) a postar comentários sobre mim e o meu blog no “darwinismo”.
Que começo de postagem ótima!! Sobrou até para meu nome que tem tudo a ver com o assunto! Nunca imaginei que “o raio do meu nome” refutasse tudo o que disse porque Teodósio é um nome muuuuuiito lindo. »
- Os nomes de família não são para ser bonitos (aliás, muitas vezes não são), e normalmente não é por esses que somos conhecidos no dia a dia, portanto , não tenho razões para me preocupar com isso. Já os nomes próprios, é por eles que, por costume, nos conhecem... E, céus! Que raio de nome é Adalberto? (Não espere melhor tratamento - espere até pior, enquanto não pedir desculpas em condições, publicamente, tal como me me denegriu, e pelas razões certas (*)

«Depois de uma dessa eu fui totalmente refutado [Na verdade, foi, até num post que você próprio referiu, antes de proclamar aos quatro ventos que outra pessoa - o Dawkins é um sociopata], esmagado e humilhado. :(
Nunca pensei que sofreria uma humilhação tão grande na minha vida. Acho que vou me suicidar.
Pronto. Suicidei.
RIP Adalberto “raio de nome” Felipe
(só que não)» - Que pena que não. Seria menos um ignorante mal-educado, com mania que é gente e que nem sequer é capaz de reconhecer e admitir que errou, crescer, fazer-se homem e pedir desculpa como deve ser. Miséria.  


Ah, mais uma coisa: 

«[Adalberto:] Quando fiz esse comentário, o seu não tinha sido aprovado, aí, achei que você não tinha respondido.» - No meu post eu afirmei claramente que tinha respondido (e não apenas uma vez), por aí podia ter visto logo o que se passava com a moderação. Não tem qualquer desculpa. Foi desonesto, ou, pelo menos, nem sequer considerou outra hipótese o suficiente para ler cuidadosamente de modo a verificar se o que achava era verdade. Admita em vez de dar desculpas. Cresça e apareça. 

* Nota: Não é necessário, para se pedir desculpa que se sinta qualquer tipo de emoção negativa forte (reconheço que cada um pode ter limitações emocionais e individuais) - só é necessário reconhecer e admitir que se errou, que se foi mal educado, etc, que isso não é maneira correcta de se interagir com os outros (e que a pessoa não fez nada que merecesse isso).

P.S.: Se considerarmos que o Dawkins é mentiroso - e esse parece ser o centro do argumento do texto que o Adalberto indicou - algo que, por agora não me interessa avaliar, o máximo de pontuação que ele pode ter é 12/ 40. 12! Quando devia ter 30 para ser diagnosticado. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O regresso do Criaburricionista (The Atheist Experience)



(https://www.youtube.com/watch?v=X1HfwfmaMp4 - Return of the Creatard! - The Atheist Experience #797)

Um criacionista (como tantos outros fizeram antes dele)ligou para o programa a falar de um artigo (que, já agora não passou na revisão de pares), para dizer que por causa de (segundo esse artigo que não passou por revisão de pares) se ter demonstrado que um método de datação radiométrica não era fiável, então o criacionismo da Terra jovem era real (e a Terra tem milhões de anos), quando o máximo que se poderia dizer era que não se sabe. E, já agora, porque é que os cientistas continuam a usar datação radiométrica se é assim tão má? (teorias da conspiração não valem, que mais não seja por uma questão de parcimónia e integridade intelectual - que é coisa que os criacionistas não têm (*))


Os meus preferidos do "Atheist Experience" estão aqui, no meu canal: https://www.youtube.com/watch?v=pNtQxBbe1So&list=LLLtxd2yu25oWscgnw6wFnNw. O Matt Dillahunty é normalmente o que tem melhores argumentos e refutações.


Há um também sobre o argumento cosmológico, em que ele explica que não se pode tirar conclusões quanto ao facto (ou não) da “causa” ser inteligente, ser um "ser", sentir emoções (à semelhança dos humanos), etc. ou sequer continuar a existir: https://www.youtube.com/watch?v=pNtQxBbe1So 

* Disclaimer: Quando eu falo "nos criacionistas"/ "nos cristãos" eu não falo de "todos os criacionistas", eu falo da maioria dos que eu conheci/ conheço. Falo da minha experiência de vida.

A ignorância (persistente) do Adalberto Felipe

A ignorância do Adalberto Felipe, como demonstrada no "Darwinismo", sobre sociopatia/psicopatia já atraiu atenções, culminando num comentário da Ana Silva desmascarando mais algumas parvoíces do Adalberto sobre o mesmo tópico (por exemplo, ser anti-social ou ter comportamentos anti-sociais não é o mesmo que ser psicopata - eu disse que era um subtipo de transtorno antissocial, não que era a mesma coisa; pode-se ser antissocial sem se ser psicopata/sociopata). Mas a ignorância do Adalberto (como, na minha experiência, tem acontecido com a maioria dos restantes criacionistas) parece ser persistente e ele parece não se aperceber de que é ignorante. Será que ele vai dar a mão à palmatória ou continuará a insistir nos mesmos erros e em espalhar mentiras sobre a minha pessoa? Esperemos para ver. 

Comentários ao meu blog (no blog dos outros???) [Editado]

E continua o Adalberto Felipe (que raio de nome) a postar comentários sobre mim e o meu blog no "darwinismo". Talvez porque sabe que lá está protegido pelo crivo da moderação e tem as costas quentes. Pois. 
Aqui está a última pérola: 

«A Maria Teodósio respondeu (só que bem ao estilo dela e com mimimi ainda por cima – o que é ótimo!): respondeu [Pois respondi, no meu blog e no Darwinismo também] em seu blogue, como sempre, ao invés de vir aqui e refutarmos, porque sabe que aqui ela vai apanhar em argumentos e ser refutada.
Lá vamos nós novamente:
Há uns dias deparei-me com um comentário no “Darwinismo” (e hoje deparei-me com outro), por um tal de Adalberto Felipe (um criacionista)
Prazer!
que falava do “facto” do Dawkins ser um sociopata (neste caso, equivalente a psicopata)
Parece que a Maria Teodósio não leu direito, quando passei o link (Richard Dawkins: sociopata, delirante ou desonesto. Ou os três?), o Luciano Ayan fazia esse questionamento, portanto levantando essa possibilidade.
No entanto, a possibilidade dele ser sociopata parece ser bem real, pelo que o Luciano demonstra em seu blogue e não é só no texto indicado não, como em outros textos também, como este, em que Dawkins têm péssimas atitudes e fala coisas absurdas, além das notícias que surgiram dele parecer apoiar a eugenia.
entre outras coisas (por exemplo, levantava falsas acusações contra a minha pessoa, etc, mas enfim, já respondi a isso – a ambos os comentários desrespeitosos e cobardemente postados no blog de outra pessoa, que partilha de ideias semelhantes – e não vou dar mais tempo de antena a esses disparates)
Quais são as falsas acusações que levantei contra você? Quais? Mostre!! Estou no aguardo!
Apenas mostrei o que você faz no seu blogue e suas desonestidades intelectuais e você não respondeu nada, nem mesmo as questões que levantei e que negócio é esse de comentários desrespeitosos e covardes, sendo que apenas mostrei o que você faz e até disse que concordo com você em certos posts?
Tadinha dela, gente, fui desrespeitoso e covarde com ela (sem falar onde, é claro)! Curiosamente, ela pode atacar os criacionistas no blogue dela e nos julgar.
Mais uma vez te pergunto o que você não respondeu: por que você pode se referir a comentaristas daqui no seu blogue em 3ª pessoa, por que eu não posso? 3ª pessoa nos olhos dos outros é refresco, não é????
A pessoa em questão referiu-se a um texto de um autor que, pelo menos aparentemente, pelo que escreveu, não percebe nada do assunto, apenas alvitra (onde está a PCL-R preenchida? Onde?). Ele (Adalberto), como tal também não deve perceber muito.
Para afastar quaisquer ideias de que isto é verdadeiro, aqui vai: primeiro, sociopata é um termo já antigo para nos referirmos a uma doença, que actualmente é considerada um subtipo de transtorno anti-social (e que tem sido utilizado para referir também pacientes que são apenas anti-sociais – enfim, para tudo e mais alguma coisa), que para ser diagnosticada tem que haver uma avaliação por um psicólogo com base numa entrevista baseada na PCL-R (Psychopathy checklist revised) composta por 20 itens, cuja pontuação limite para se ser diagnosticado é de 30 pontos (a pontuação máxima que se pode obter é de quarenta, uma vez que cada item tem uma resposta de 0, 1, ou 2). Num mundo ideal, isto seria sempre acompanhado de exames ao cérebro (e por vezes é). Já tinha abordado este assunto aqui no blog. Com o que sabemos do Dawkins, ele teria à volta de 10 (se não estou em erro).
Uma das coisas sobre sociopatia é o comportamento anti-social, como mostra a definição e Dawkins teve esse comportamento [E o que é que pensa o Adalberto que ele próprio está a fazer, ao mentir sobre mim e criticar-me em blogs de outros (sem sequer avisar)? Isso faz dele um psicopata?], não só uma, mas outras também, conforme o Luciano Ayan demonstra em seu blogue, bem como o Lucas demonstra também e há vários outros relatos na internet, até de ateus.
Ironicamente, no link que te passei, um comentarista posta um vídeo de uma psiquiatra famosa e escritora de vários livros que explica de forma bem mais clara o que é sociopatia e nesse vídeo um psicólogo (tinha que ser) tenta definir religiosos como sociopatas (como alguns ateus tentam fazer), mas ela desmascara esse psicólogo carnavalesco e no final há um bônus: no final ela afirma que a sociopatia está ligada ao relativismo moral e que antes não havia tantos sociopatas assim!
Mas vamos supor, Maria Teodósio que eu tenha errado ao dizer que Dawkins é um sociopata… vamos te dar benefício a dúvida.
Por que no seu blogue você pode se referir a criacionistas como doidos????? Por quê? Você já fez um teste por acaso de todos nós aqui para saber se somos doidos por um acaso?
Nem preciso de perguntar se você sabe o que é doido e o que é esquizofrenia, porque sei que você sabe… e o quão terrível é ter uma doença assim, além do comportamento e sofrimento dessas pessoas.
Como falei, essa Maria Teodósio é um caso curioso mesmo: chama os criacionistas de doidos e ninguém está reclamando disso… mas faz um escândalo por eu ter levantado a possibilidade e até fornecido evidências de que uma pessoa – Dawkins – é um sociopata… a hipocrisia, mais uma vez mandou lembranças.
Espero ter clarificado este assunto e espero reduzir (ainda que em pequena escala) o número de ignorantes que por aí andam a alvitrar sobre a saúde mental dos outros sem saber sequer o básico dos básicos sobre o assunto.
Você não clarificou nada, só demonstrou sua hipocrisia mais uma vez… e não sou nenhum ignorante, pois demonstrei evidências do que falei e levantei questionamentos a você que não foram respondidos.
Quanto a “alvitrar sobre a saúde mental dos outros sem saber sequer o básico dos básicos sobre o assunto“, lembre-se do mesmo quando chamar criacionistas de doidos.
Eles só o fazem para desacreditar o Dawkins porque ele ateu.
Não, é porque ele disse coisas absurdas.
Se fosse cristão tenho a certeza que já seria a pessoa mais “honesta” do mundo (se ele se convertesse é que era um espectáculo… o que é que eles iam dizer? que se curou por milagre, não?)
Para quem se diz ser pró-ciência, saiba que leitura de mente não é ciência. Há ateus que fazem um excelente trabalho e que muitos cristãos até os admiram, apesar de serem pró-aborto, infelizmente. Eles podem até ter essa posição, mas no fundo não são como a maioria dos ateus que pensam mal dos cristãos, os atacam e os xingam. Eles até condenam e se envergonham de muitas atitudes do movimento ateu. O Luciano Ayan, já mencionado é um exemplo disso. O Rodrigo Constantino também é. Assim como há cristãos péssimos como o esquerdista Frei Betto e o papa Francisco.
Nota: Sim, o autor do texto é ateu, mas também ele tem motivos de cariz político para querer desacreditar Dawkins, tal como os cristãos têm motivos de cariz religioso.
Não é por motivos políticos e sim pelo bom senso em relação as péssimas coisas que Dawkins falou.»
E a minha resposta às mentiras deste idiota (com o qual esta será a última troca de comentários se ele não se fizer homem decente e passar a comentar no sítio devido, em vez de, continuamente, ir por trás e postar os comentários onde sabe  que tem as costas quentinhas):
«A Maria Teodósio respondeu (só que bem ao estilo dela e com mimimi ainda por cima – o que é ótimo!): respondeu em seu blogue, como sempre, ao invés de vir aqui e refutarmos, porque sabe que aqui ela vai apanhar em argumentos e ser refutada.» - Olhe para os meus comentários lá em cima. Com que então, não respondi aqui? Até me dei ao trabalho de explicar certas coisas que, pelo texto que me indicou, parecia não saber sequer que existiam.

«Parece que a Maria Teodósio não leu direito, quando passei o link (Richard Dawkins: sociopata, delirante ou desonesto. Ou os três?), o Luciano Ayan fazia esse questionamento, portanto levantando essa possibilidade.» - A minha interpretação é que aquilo era uma pergunta de retórica e não um humilde "questionamento" (e, cá para mim, foi essa a sua primeira interpretação também, pois sites a dizerem que Dawkins é desonesto há vários, mas a dizerem que ele é psicopata não há muitos, não. Aliás, eu já tinha dado com isso há já bastante tempo e tive que pesquisar Dawkins + Sociopata para lá chegar - está-me cá a parecer que queria algo que confirmasse as suas crenças ou, pelo menos, suspeitas - e assim, escolheu aquele site; é o que encaixa melhor).

«Você não clarificou nada, só demonstrou sua hipocrisia mais uma vez… e não sou nenhum ignorante, pois demonstrei evidências do que falei e levantei questionamentos a você que não foram respondidos.» - Evidências de que Dawkins era um psicopata? (É que era disso que eu falava). Bem, mas eu vou dar-lhe uma oportunidade de provar que não é ignorante. Tal como eu fiz há uns tempos (e julgo que até foi num dos meus textos que o Adalberto referiu), pode perfeitamente fazer uma pesquisa sobre o Dawkins e preencher (ainda que não fique muito completa) a PCL-R, só para ter uma ideia de uma possível resultado, de acordo com o que se sabe - em vez de simplesmente alvitrar e depois dizer "Ah, não, era apenas um questionamento, ela é que não leu bem!" (isto para parafrasear).   

«lembre-se do mesmo quando chamar criacionistas de doidos.» Isso refere-se mais a certas parvoíces que eles dizem e fazem e não necessariamente à presença de patologia.




«Para quem diz ser pró-ciência saiba que a leitura da mente não é ciência» - Não é leitura da mente é experiência de vida. 

«Não, é porque ele disse coisas absurdas.» Mesmo que ele certo dia tenha acordado para lá virado e tenha dito coisas absurdas - isso faz dele um sociopata, ou mesmo, em geral, desonesto? (n.b. - retórica) [E será só por isso? (n.b. – mais retórica)]

Se entretanto não ganhar decência e não deixar de postar comentários sobre mim e o que eu escrevo em blogs de outros (onde sabe que tem as costas quentes), esta será a última troca directa de comentários [como diriam no "Atheist Experience", "Your ass is on hold"].

Bom dia.

Nota: Doido não é termo clínico (sabia?). 

P.S.: Como pode ver, não tenho medo de expor o que escrevo no meu blog, seja sobre que assunto for: http://allthatmattersmaddy32b.blogspot.com/2015/02/comentarios-ao-meu-blog-no-blog-dos.html» 

Nota: a minha resposta aguarda moderação no "Darwinismo" (e será a última que lá publicarei). 



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cristã tresloucada liga para o "Atheist Experience" e fica "ofendida"



(https://www.youtube.com/watch?v=UiJ1HEMGIXM&list=PLbb4-dzpi5kCFmctYXokMzXsHXPgBbSp_&index=2 - Tipsy Christian woman tries to convince atheists they are sending themselves to hell)

Cristã liga para o "Atheist Experience" e fica "ofendida" com uma expressão exclamativa. É espectacular.

Outra vez a história do "Dawkins é um sociopata!"

Há uns dias deparei-me com um comentário no "Darwinismo" (e hoje deparei-me com outro), por um tal de Adalberto Felipe (um criacionista), que falava do "facto" do Dawkins ser um sociopata (neste caso, equivalente a psicopata), entre outras coisas (por exemplo, levantava falsas acusações contra a minha pessoa, etc, mas enfim, já respondi a isso - a ambos os comentários desrespeitosos e cobardemente postados no blog de outra pessoa, que partilha de ideias semelhantes - e não vou dar mais tempo de antena a esses disparates). A pessoa em questão referiu-se a um texto de um autor que, pelo menos aparentemente, pelo que escreveu, não percebe nada do assunto, apenas alvitra (onde está a PCL-R preenchida? Onde?). Ele (Adalberto), como tal também não deve perceber muito. 
Para afastar quaisquer ideias de que isto é verdadeiro, aqui vai: primeiro, sociopata é um termo já antigo para nos referirmos a uma doença, que actualmente é considerada um subtipo de transtorno anti-social (e que tem sido utilizado para referir também pacientes que são apenas anti-sociais - enfim, para tudo e mais alguma coisa), que para ser diagnosticada tem que haver uma avaliação por um psicólogo com base numa entrevista baseada na PCL-R (Psychopathy checklist revised) composta por 20 itens, cuja pontuação limite para se ser diagnosticado é de 30 pontos (a pontuação máxima que se pode obter é de quarenta, uma vez que cada item tem uma resposta de 0, 1, ou 2). Num mundo ideal, isto seria sempre acompanhado de exames ao cérebro (e por vezes é). Já tinha abordado este assunto aqui no blog. Com o que sabemos do Dawkins, ele teria à volta de 10 (se não estou em erro). 
Espero ter clarificado este assunto e espero reduzir (ainda que em pequena escala) o número de ignorantes que por aí andam a alvitrar sobre a saúde mental dos outros sem saber sequer o básico dos básicos sobre o assunto. Eles só o fazem para desacreditar o Dawkins porque ele ateu. Se fosse cristão tenho a certeza que já seria a pessoa mais "honesta" do mundo (se ele se convertesse é que era um espectáculo... o que é que eles iam dizer? que se curou por milagre, não?)

Nota: Sim, o autor do texto é ateu, mas também ele tem motivos de cariz político para querer desacreditar Dawkins, tal como os cristãos têm motivos de cariz religioso.   

Religião vs saúde Mental III

Estudo demonstra que a religião (neste caso o envolvimento em actividades religiosas) pode ser um factor de risco no que respeita à saúde mental - neste caso, risco de suicídio em pacientes bipolares: 
Religious involvement in major depression: protective or risky beha… - PubMed - NCBIncbi.nlm.nih.govJ Affect Disord. 2013 Sep 25;150(3):753-9. doi: 10.1016/j.jad.2013.02.034. Epub 2013 Mar 28. Research Support, Non-U.S. Gov’t
Mais estudos demonstraram também que, noutros em que se apurou que a religião era um factor de protecção, o que "protege" não é a crença religiosa em si, mas o envolvimento na comunidade religiosa - a crença religiosa em si, está associada à depressão. 

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Moscas não parem rãs, parem... bem, moscas


Para quem espera pela descoberta do famigerado crocopato e quem não fica satisfeito enquanto uma mosca não parir uma rã  - e, já agora, também para quem acha que evolução tem que ser do mais complexo para o menos complexo:








sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Reabilitação de criminosos psicopatas através de "pacemaker" cerebral

http://www.neulaw.org/blog/1034-class-blog/3972-deep-brain-stimulation-in-rehabilitating-criminal-psychopaths - "Deep Brain Stimulation in Rehabilitating Criminal Psychopaths" 

Parece-me boa ideia. não nos livramos de todos os tipos de criminalidade/criminosos de uma vez, mas já seria um começo...
A peça envia impulsos eléctricos para onde são necessário e já está a ser utilizada em pacientes esquizofrénicos e deprimidos. 
O cérebro de um psicopata têm várias anomalias estruturais (ex.: menor espessura) e em termos de actividade. Curar um psicopata adulto é impossível pelos métodos convencionais (embora estes possam ter uma certa utilidade para o tornarem um pouco mais civilizado). É uma questão de desenvolvimento cerebral que não é possível colmatar num adulto, em que a plasticidade cerebral encontra-se já bastante reduzida. Talvez seja esta a solução. Ou não. 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Não é preciso estudar muito

A entrada de hoje vai ser dedicada aos estudantes (incluindo de mestrado e doutoramento) que não gostam de estudar e são preguiçosos como eu. 
Pois é... costuma-se dizer que a preguiça é inimiga do sucesso, que inteligência e boa memória não chegam para ir em frente na vida, etc, etc. Não é bem assim. É claro, que para se safarem estudando pouco não podem ter problemas sérios de memória, e têm que ter, pelo menos uma inteligência normal - não podem ter dificuldades de aprendizagem. Se tiverem, tirem daí as ideias (aliás, se tiverem dificuldades de aprendizagem por alguma destas razões, duvido que cheguem à faculdade, ou, pelo menos, que passem do primeiro ano). Mesmo estudando pouco, devem ir às aulas e tomarem alguma atenção (não é preciso estar atento todo o tempo - nem eu sou capaz). Já ajuda. Não vale a pena terem uma rotina de estudo. Basta estudar de véspera e não é preciso estudar tudo, nem de perto (nem mesmo na faculdade). É claro que, tendo por base que não há dificuldades de aprendizagem, quanto melhores as vossas capacidades, mais hipóteses têm de se safarem e até com boas notas dependendo das capacidades de cada um e também da atenção que conseguem manter. Mas, visto que estudaram muito pouco, têm que tomar certas decisões controversas no teste - por exemplo, na escolha múltipla, entre manterem a mesma posição ao longo das respostas, ou, se for matéria que passaram à frente, responderem a duas perguntas diferentes sobre a mesma matéria de maneira contraditória. Normalmente uma delas está bem (100% de probabilidade de acertarem numa delas), e se mantiverem a mesma posição arriscam mais. Normalmente convém ter pelo menos um palpite, pois, embora raro, os professores podem ser mauzinhos e porem coisas que são contraditórias, mas nenhuma tem a ver com, por exemplo, a teoria que querem que descrevam. Outra técnica é a exclusão de partes, em vigor desde tempos imemoriais. Vejam também as perguntas de desenvolvimento com atenção e se há perguntas da mesma matéria na escolha múltipla com opções bastante semelhantes entre si. Sempre terão pontos mesmo que não acertem completamente, e ao ver as coisas escritas é mais fácil lembrarmos-nos. Para resolverem problemas (ex.: Métodos e Técnicas de Investigação), vocês precisam de entender a matéria nas aulas. Se não conseguirem estar atentos o tempo todo, ao menos vão "ligando o radar" de vez em quando e "pescando" coisas que parecem importantes" - que é o que eu tenho que fazer bastantes vezes devido à minha preguiça que só tende a piorar. E mais uma vez, não precisam de estudar muito. Façam as coisas com inteligência, conhecendo-se a vós próprios. Comigo tem resultado. Acabei o secundário com média próxima dos 16 (16/20) (aí cheguei mesmo a não estudar), até agora tenho tido sempre a média próxima dos 14 (14/20) na universidade e nunca reprovei um ano (já desisti de cursos, mas nunca reprovei à parte disso). Vão ver que resulta. Mas também depende das capacidades de cada um e da maneira como gerem a vossa vida - tenho como exemplo a minha professora de filosofia e psicologia que estudava bastante e acabou o curso com 12 valores (e não me pareceu que tivesse dificuldades de aprendizagem).