quarta-feira, 25 de março de 2015

Evolução da visão segundo Mats, o brilhante cientista e tradutor de parvoíces

O Mats voltou à carga com mais uma dose de pensamento acrítico lá no antro ao qual ironicamente chama "Darwinismo" sob o título: "A evolução da visão: suposição e não ciência". 
o Mats traduziu: 
«Mas só um agente inteligente  – e não factores ambientais passivos e irracionais – é que poderia moldar a enorme colecção de partes interdependentes que formam os olhos. Lamb escreveu também que a “selecção natural”…. opera com o material que tem à sua disposição” embora só pessoas é que podem “operar”.»
Mas será que tanto a fonte como o próprio Mats não percebem uma metáfora? Céus! * 

Mais ainda: 

«E mesmo que olhos perfeitamente formados e os respectivos músculos de controle tivessem de alguma forma conseguido evoluir, este aparato seria inútil sem as computações involuntárias que fazem com que o olho esquerdo e o direito se movam de forma combinada.» - Não sabem isso, criacionistas - ou por outra, não sabem é nada. Lá por não conseguirem pensar num cenário diferente, não significa que não tenha acontecido - e temos evidencias de que provavelmente aconteceu. 

Ainda no mesmo texto (tradução) lê-se: 

« Ele sugere que o desenvolvimento do olho embrionário progride do mais simples para o mais complicado num padrão semelhante ao da evolução do olho. Mas os olhos embrionários têm que começar pequenos e desde logo, relativamente mais simples. Assumindo (sem qualquer evidência objectiva) que o desenvolvimento embrionário é um espelho do passado evolutivo apenas assume uma resposta em relação a uma origem evolutiva.


Dito de outra forma, pode-se usar o desenvolvimento embrionário para concluir que o olho dos vertebrados evoluiu, se assumirmos à partida que “muitos aspectos do desenvolvimento dum individuo espelha os eventos que ocorreram durante a evolução dos seus ancestrais.” (1) Isto usa a evolução para provar a evolução – claramente um círculo ilógico.»

O meu comentário

«Oh gente, temos evidências de que, vulgarmente, certos estágios evolutivos são caracterizados pelo aparecimento de estruturas ancestrais – daí, neste caso serem procuradas pistas para a maneira como a evolução ocorreu – e não evidências para o facto dessa evolução ter ocorrido – isso temos na genética e no registo fóssil (http://theness.com/neurologicablog/index.php/another-gap-filled-more-evidence-for-eye-evolution/). Informem-se deixem-se de aceitar acríticamente tudo o que os criacionistas mais conhecidos e estrangeiros dizem.»


* Isto do Mats não perceber metáforas fez-me lembrar de uma coisa. Vejam e riam-se:




Update: 

Céus! O Mats insistiu no mesmo erro. Não percebe a diferença entre "pistas de como ocorreu" e "evidências de que ocorreu". Eu tentei explicar. Acho que não percebeu. Também me parece que não vai perceber que é por termos evidências de certas disciplinas e consistência entre dados das disciplinas que sabemos que ela ocorreu e que por termos dados embriológicos consistentes com os dados fósseis sabemos de onde podemos tirar pistas. 




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