domingo, 16 de novembro de 2014

Dez questões sobre evolução (que não merecem resposta)


Sim, há questões que não merecem resposta (apesar de haver ainda quem pacientemente responda).

10 exemplos: Mats, "10 questões que todo evolucionista tem que saber responder" (surpresa! - Nem por isso).
No "Que treta", o Ludwig Krippahl respondeu à primeira - "Porque é que a ciência diz que a vida evoluiu de matéria sem vida mas por outro lado declara que a geração espontânea é impossível?" ("Treta da semana (passada): dez questões."), e houve outras respostas no "Darwinismo", de mais que um comentador (inclusivamente minhas).

Na discussão que se seguiu, o Mats resolveu defender a sua dama com o seguinte comentário:

«"A ideia fundamental é que quaisquer mutações que reduzam a probabilidade de replicação tenderão a ser eliminadas e quaisquer mutações que aumentem a probabilidade de replicação tenderão a fixar-se na população." (Ludwig Krippahl)
Ou, dito doutra forma, "se a minha avó não tivesse morrido, ela estaria viva"..

"E a teoria da evolução explica como as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea a partir da interacção de moléculas simples." (Ludwig Krippahl)
1. Não existem "moléculas simples".
2. A teoria da evolução não explica como "as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea "; a teoria da evolução ASSUME que isso aconteceu, e depois "explica" como é que moscas se transformam em . . . . moscas.» - Ao que eu respondi:

«Não existem "moléculas simples". - Vai dizer-me que uma base nitrogenada (ex.: adenina) é algo de muito complexo?
"Ou, dito doutra forma, "se a minha avó não tivesse morrido, ela estaria viva".." - Isso era se tanto fizesse que aumentassem a probabilidade de replicação ou não (como seria de esperar se estivessem condicionadas pelos caprichos de algum deus semelhante ao que habita a imaginação dos cristãos.
"A teoria da evolução não explica como "as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea "; a teoria da evolução ASSUME que isso aconteceu, e depois "explica" como é que moscas se transformam em . . . . moscas." - Não assume. Baseia-se nas evidências disponíveis (evidências essas vindas de estudos genéticos, de estudos em laboratório, etc.).»

O Mats tentou obviamente defender a sua tese, e indicou-me mais um artigo criacionista, traduzido por ele próprio para o "Darwinismo" ("Quais são os limites das mutações genéticas?") que esclarece (cof-cof-cof) sobre os "malvados" limites genéticos que "vocês evolucionistas propositadamente ignoram."

E lá está ele. Sempre com a mesma conversa. Quais limites qual carapuça! Ele sabe perfeitamente que os estudos em que se baseou o artigo que traduziu não demonstram o que ele quer que demonstrem - as mutações eram propositadamente deletérias e, na natureza nem todas as mutações são deletérias. Podem ser também neutras ou benéficas.

Ele ignorou a minha resposta - provavelmente com uma venda nos olhos (e se calhar uns tampões nos ouvidos, não vá dar-se o caso do computador misteriosamente começar a falar com uma voz de mulher, a tentar ensinar-lhe genética).



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