sábado, 4 de julho de 2015

Evolução dos pêlos em humanos e outros mamíferos vs. estupidez criacionista

Mais uma vez passei por um blog criacionista já conhecido dos meus leitores:

https://jephmeuspensamentos.wordpress.com/2015/07/02/pelos_humanos_darwinismo_projeto_inteligente/ 

O criacionista da Terra jovem Jephsimple copiou um texto de um livro de um criacionista do design inteligente. Para lerem o texto que vou comentar, cliquem no link acima. 

Relativamente à parte do Jerry Coyne, ele disse mais recentemente (1) que a evolução para "macacos" menos peludos poderia ter a ver com a capacidade de suar (embora essa hipótese esteja longe de ser perfeita). E mesmo com a outra explicação das funções dos pêlos, parece que os pêlos (espessos ou o lanugo embrionário) foram preservados assim apenas onde faziam mais falta. Em que é que isto vai contra a ideia de que evoluímos de símios peludos? Não vai (se não ai, é escusado os criacionistas sequer falarem no assunto). E o facto de dizerem que temos o corpo mais coberto de pêlos do que pensamos não sugere isso mesmo? 

«Como vimos neste texto, as evidências sugerem que ambas as estruturas e as funções de pêlos e/ou cabelos apresentam sinais de complexidade e intencionalidade. » - Ou apenas a preservação evolutiva de estruturas úteis aos organismos (e visto que as evidências genéticas, fósseis e embrionárias estão a favor da evolução...).

«Um cabelo humano é tão complexo que o homem nunca vai entendê-lo completamente, muito menos explicar sua origem por processos evolutivos ao acaso.» Mentira. Os cientistas estão bastante perto de desvendar como ocorreu a evolução dos pêlos dos mamíferos (2,3, 4).

Se isto é o tipo de coisa que vai aparecendo ao longo do livro todo, é fraquinho. 

1. https://whyevolutionistrue.wordpress.com/2010/07/20/why-does-skin-color-vary-among-human-populations/ 

2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2736124/ 

4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25947341 ("Convergent evolution of cysteine-rich proteins in feathers and hair." - mais um exemplo de distinção entre evolução convergente e divergente). 

3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18031455 

Sem comentários:

Enviar um comentário