terça-feira, 30 de junho de 2015

Argumentos & objecções

Desde já devo dizer que este post é mais para quem anda pelos lados do google+ (e não tanto pelo facebook). Quem anda mais por lá já deve ter reparado na quantidade de posts de hoje que tratam exactamente dos argumentos idiotas do William Lane Craig. Alguns são comentários meus, outros são as partes dos artigos que li sobre o assunto que eu considerei mais importantes. Para quem não acompanha o blog desde o início, o William Lane Craig auto-intitula-se filósofo, mas é mais um teólogo ou quanto muito apenas um filósofo das religiões e mais um "debatedor" profissional do que um académico na prática. Estes já tinham sido abordados por mim aqui no blog (arquivo de 2013, 2014 quanto muito), incluindo uma breve análise de um debate (breve, mas ainda foi maior que muitos posts) com um físico bastante conhecido nos Estados Unidos (um cientista sério e não um "debatedor" profissional). pensei que já tinha acabado de escrever sobre essa pessoa irritantemente pomposa, incrivelmente arrogante e estupidamente desonesta que é o WLC, mas não consegui deixar o que li em paz. Não, eu não fui à procura das parvoíces dele, nem de nada sobre elas, mas, digamos que apareceram quando eu procurava material sobre a opinião e argumentos dos historiadores sobre a ressurreição de Jesus (de preferência contra) para desdizer um post do mats com um link para um texto que aparentemente quer dar a entender que a ressurreição é tida como um facto histórico pela maioria dos académicos. Esse post ficou "pendurado" e só saiu agora porque o facebook não me estava a deixar postar. Mas vamos ao que interessa: a primeira premissa do argumento cosmológico (tanto o de kalam como a outra versão apresentada no link do facebook) tanto quanto sabemos talvez se aplique dentro deste universo sob as condições deste universo. Nada é garantido no que diz respeito à origem de todo o universo (julgo que nos meu posts anteriores que podem encontrar no arquivo do blog eu já tinha elaborado uma outra versão desta objecção). Então, a premissa não é garantida, por isso a conclusão também não. E mais, o que o craig argumenta para apoiar a segunda premissa do argumento cosmológico de kalam é questionável quer em termos de coerência/consistência, quer em termos factuais.
Por hoje (e espero que para sempre) é tudo em relação ao Craig. E ao Mats.




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